Este ano nas férias fui matar saudades da primeira rua onde morei na vila de nome a rua da Adua.
Quando fui para Cabeço de Vide fui viver para o monte do Açúde no caminho para Alter fica do outro lado da estrada ao pé do papa leite.
Tinha entre 17 a 18 anos quando as raparigas da minha rua resolvemos fazer uma festa de São João com fogueira e tudo.
Quem se lembra dos bailes de Verão na antiga praça do peixe em Cabeço de Vide.
A praça fica na rua do cemitério atrás a casa do povo. Que me lembre só tinha uma bancada em pedra mármore para o peixe e a vendedora que recordo era a senhora Maria Batatona que ao mesmo tempo vendia na casa dela caramelos espanhóis e outros produtos que trazia de Espanha.
Hoje de manhã quando fui levar o Miguel à escola passei por um ninho de formigas, e tomei atenção ao formigueiro, donde vi sair muitas formigas de asas.
Este remédio antigo fazia bem a tudo e chegou-se a tomar na escola, eu não.
Sim já votei e enquanto eu poder vou votar sempre, até porque sou duma geração que teve que lutar para conseguir esse direito.
Eu senti na pele e vivi o no tempo da outra senhora como se diz no Alentejo, vi e sabia o que os meus pais passaram e os meus avós.
Já há muitos anos que não vejo as searas de grão, e quase as esqueci até hoje que me lembrei como eram antigamente.
Assim como existiam searas de grão também existiam as de feijão frade, e nesta época da colheita quase só se comia feijão frade com mogango.
Hoje vi uma vassoura a janela e pensei cá para mim, olha esta arejar para poder sair a noite em passeio, e o que eu me diverti com esse pensamento.
Só de imaginar como seria divertido voar numa vassoura e ver as coisas lá de cima.